Resenha - A Menina que Não Sabia Ler



O livro A menina que não sabia ler é um conto de Jonh Harding.  A história se passa em 1891, na Inglaterra. O conto é sobre Florence, uma menina de 12 anos, que deseja proteger seu irmão Giles (3 anos mais novo que ela) de algumas pessoas. Eles moram na casa de seu Tio, a Blithe House (“grande celeiro, uma mansão de pedra rústica com muitos cômodos”). 
O tio de Florence é negligente e muito rígido no quesito aprendizagem feminina, pois, quando jovem, namorava uma bela mulher, que se sentia indigna de ficar com ele, por não estar à altura de seus conhecimentos. Então essa mulher vai em busca de melhorar seus conhecimentos, por isso se afasta dele e, assim, o tio de Florence acha que nenhuma mulher deve aprender a ler e a escrever.
Mas isso não impede Florence de seguir adiante com seu sonho que, por acaso, acaba acontecendo, quando ela encontra uma biblioteca. A partir daí, por vontade própria, e escondida, ela começa a aprender a ler e escrever. Com a ajuda de alguns empregados aprende a pronunciar corretamente as palavras e depois aprende francês, italiano, latim e grego e a todo momento cita vários clássicos, como Shakespeare. Ela também tem uma vontade imensa de consumir os conhecimentos dos livros o tempo todo.
Quando Giles completou 8 anos foi para a escola, entretanto, por estar muito atrasado no conteúdo, foi mandado de volta para casa. Então seu tio escolheu uma preceptora, a Whitaker. Porém, quando ela foi andar de barco, junto com Florence, no lago atrás da propriedade, ocorreu um acidente.
Ao pegar o remo das mãos de Florence, ela tropeça em seu vestido e cai no lago, se afoga e morre. Como Giles não podia ficar sem estudar, necessitava de uma nova preceptora. Assim, seu tio escolheu a senhorita Taylor. Ela era uma mulher com uma aparência muito velha, beirando a meia idade.
 Em seu primeiro dia, Florence acorda de noite e vai até a biblioteca, mas no caminho se depara com a senhorita Taylor dizendo em cima de Giles: “ah, meu querido, eu poderia comê-lo”.
Então, a partir daí começa uma verdadeira aventura, de pistas falsas ou não, de quem é realmente a tal senhorita Taylor. Florence faz um englobamento, bem fictício, de que ela é uma bruxa, literalmente, e que pode ver as coisas através do espelho.
O livro é bem emocionante (depois da segunda parte), pois é a partir dela que a história começa a ter um sentido por meio do qual a narrativa se liga mais com as emoções, tanto da narradora-personagem, quanto de seus personagens secundários. 
O final do livro é o que mais me surpreende, pois mostra como uma pessoa pode ser má e fingir ser boa, ou fingir ser capaz de fazer de tudo para proteger seu irmão... até matar.
Nessa narrativa, o final é você quem faz, a depender da sua imaginação. Por isso, não há um final fixo. Contudo, eu recomendo a leitura. O começo da narrativa é bem lento, pois é apresentada a descrição de alguns personagens e a história é bem básica, fazendo o leitor se envolver pouco com ela. No entanto, mais para a frente, quando a narrativa fica mais interessante, o leitor fica cada vez mais curioso para saber o que irá acontecer, fazendo-o querer chegar ao final para desvendar os mistérios. 

 Por Clara Fernandes 

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