21ª edição do Ciência Viva


                A Feira Ciência Viva, que acontece anualmente, está na sua 21ª edição e ocorreu nos dias 17 e 18 de novembro deste ano. O evento tem como principal objetivo divulgar e popularizar a ciência, por meio da exposição de trabalhos dos estudantes da educação básica da rede pública e privada de ensino de Uberlândia, em modalidades do ensino regular (ensino fundamental e médio), educação profissional técnica de nível médio e educação de jovens e adultos (EJA).

A primeira edição do evento aconteceu na Escola de Educação Básica da Universidade Federal de Uberlândia (ESEBA/UFU) e atualmente faz parte do museu da Diversão com Ciência e Arte (DICA) do Instituto de Física da Universidade Federal de Uberlândia, onde o Ciência Viva ocorreu. Os trabalhos estão divididos nas categorias (Ensino fundamental 1 e 2 e Ensino médio) e nelas existem as áreas de exatas, humanas e biológicas. Em cada modalidade tem premiações para os melhores trabalhos e aos professores que se destacaram. Os avaliadores são professores da academia e alunos da pós-graduação.

A professora Maísa da Silva, da área de matemática da Eseba, conta que a feira segue o calendário da semana nacional de Ciência e Tecnologia e, por isso, tem uma modalidade específica para atender o tema de cada ano. Nessa 21ª edição foi a “Ciência alimentando o mundo”. A professora, que também faz parte do Grupo de estudos e pesquisas em inovações tecnológicas (GEPIT), juntamente com outros professores e alunos da escola, enviaram este ano 10 trabalhos para a feira. Além disso, a Eseba tem outros grupos de estudos e estavam representados no evento nas área de humanas; matemática e armamentos.

Um dos trabalhos apresentados no Ciência Viva do grupo GEPIT foi o “Geração de energia verde: captação da energia da fotossíntese” dos estudantes Guilherme Resende, Marco Túlio Trajano e Matheus Ferreira. É o segundo ano que participam da feira e eles contam que a ideia para o projeto deste ano surgiu com o trabalho do ano passado, de um dos integrantes do grupo, cujo tema era mini-hidrelétrica e energia cinética. E através dessa curiosidade com o tema passado, e também sobre os frutos energéticos, eles resolveram ampliar a ideia do projeto para plantas que geram energia. “O objetivo desse projeto tem como alvo a sustentabilidade e a redução dos gastos do consumo de energia elétrica e para isso nós descobrimos uma forma de captar energia através da fotossíntese das plantas”, explica Guilherme Resende.

Guilherme conta que na realização da fotossíntese a planta passa por um processo em que ela ganha uma carga energética [energia química] e dispersa essa energia por meio das raízes. O desafio era captar essa energia que é dispersa pelas raízes e concentrá-la para que pudesse ser utilizada. Então, por meio de um bom condutor de eletricidade, no projeto foram utilizados parafusos revestidos com cobre, ligados diretamente nas raízes dos musgos para captar a energia dessas plantas. Os condutores estavam em série para somar a quantidade energética de cada musgo e no fim do circuito foi ligado um voltímetro para medir a voltagem. Com esse sistema foi possível produzir até 4 volts e os estudantes conseguiram ligar uma lâmpada de led.


                                         Fotossíntese: um meio gerador de energia 
                       (da esq p/ dir Marco Túlio Trajano, Matheus Ferreira, Guilherme Resende)

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