Candidato menos votado pode ser eleito? Entenda a legenda eleitoral!

“Candidato A foi mais votado do que B, mas o B foi eleito”, é comum escutarmos isso quando se trata das eleições para deputados federais e estaduais. Acontece por conta do sistema proporcional de votação nos cargos do Poder legislativo, com exceção dos senadores. E o que isso quer dizer? Quando votamos em determinado candidato sobretudo estamos votando no seu partido. Quando um determinado candidato é muito votado, ou seja, além do que é necessário para ser eleito, os votos que sobram são distribuídos para o restante dos candidatos do mesmo partido na ordem que foram votados. Por exemplo, em determinado lugar estão disponíveis 10 vagas para deputados. No mesmo local, a população votante totaliza em 1000 pessoas, ou seja, 100 pessoas para cada candidato. Porém, pode acontecer de determinado candidato receber 400 votos. Ele só pode cumprir um mandato por eleição e não pode ocupar o lugar de 4 deputados, por isso, os 300 votos restantes irão para os outros candidatos do partido que foram mais votados. Portanto, esse partido irá eleger 4 candidatos. O eleitor tem a opção de somente votar em uma legenda, no número de um partido, sem especificar qual candidato deseja.

 Muitos questionam a democracia brasileira onde muitos candidatos são eleitos sem nem mesmo terem recebido os votos necessários para tal. Em 2010, por exemplo, somente 35 dos 513 candidatos a deputados federais foram eleitos diretamente, o restante conseguiu sua vaga graças ao sistema proporcional de votação (Levantamento do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar). Na época, o deputado Tiririca conseguiu cerca de 1,3 milhão de votos e ajudou a eleger 3,5 deputados de sua coligação.  A atual candidata à presidência, Luciana Genro, também disputava no Rio Grande do Sul a reeleição como deputada, e conseguiu cerca de 129 mil votos. Ela não foi eleita e foi considerada a candidata não eleita mais votada do Brasil.

Por: Isabella Damaceno

Um comentário:

  1. Quero parabeniza mas uma vez à Isabella Damaceno, pela publicação o assunto, em foco é muito importante, à cada cidadão brasileiro talvez se tivéssemos conhecimento sobre o assunto a nossa realidade fosse outra.

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