Brasil e a Sétima Arte

         No último mês tivemos um dos festivais de cinema mais esperados do ano, o Festival de Cannes. Os filmes brasileiros são mais conhecidos pelos festivais do que pelas grandes premiações, como o Oscar. E este ano não foi diferente, pois tivemos duas obras brasileiras na disputa.
         Esta é a 69º edição do festival, que ocorreu pela primeira vez em 1943, e ganhava o nome de Festival International du Fil. Em 2002, seu nome passou a ser apenas Festival de Cannes e diferencia-se das outras premiações que duram apenas uma noite, por durar uma semana inteira. Durante essa semana todos os filmes, que estão concorrendo aos prêmios, são exibidos.

         O Brasil foi agraciado com dois filmes no festival, “Aquarius”, de Kleber Mendonça Filho e “Cinema Novo”, de Eryk Rocha. O filme “Aquarius” conta a história de uma jornalista aposentada que mora em um apartamento em que aparecem interessados em construir um novo edifício onde se localiza seu prédio. A jornalista recusa a ideia, mas é silenciada, pois a maioria dos moradores concorda em sair do prédio e ela acaba sofrendo todos os tipos de assédios e ameaças para se retirar do prédio.
         Apesar de “Aquarius” ter recebido vários elogios e muito reconhecimento, não foi o suficiente para que ele levasse o prêmio principal do festival, a Palma de Ouro. O prêmio tão cobiçado por nós foi dado ao filme “I, Daniel Blake” dirigido pelo britânico Ken Loach.
         O outro filme brasileiro na lista do Festival, “Cinema Novo”, conta a trajetória do cinema brasileiro desde 1960 até os dias atuais. Esse foi outro filme que recebeu muitos elogios e reconhecimento por todo o festival e conquistou o prêmio "Olho de Ouro".
         Com o passar dos anos, podemos ver a evolução do cinema brasileiro. No ano de 2015 o filme “Que Horas Ela Volta” foi elogiado pela academia da Sétima Arte e ganhou diversos prêmios em festivais e este ano já começamos com dois filmes que estão na mira dos melhores críticos de cinema, podendo até ter uma indicação ao Oscar 2017 como melhor filme estrangeiro.

Por Betânia Fernandes

Nenhum comentário:

Postar um comentário