ESEBA relembra musical de Malala

Por Isabelle Alves

CAIXA CULTURAL BRASÍLIA RECEBE A PEÇA INFANTO-JUVENIL “MALALA, A ...

Reprodução: divulgação.

Malala Yousafzai nasceu em 12 de julho de 1997, o que faz de hoje seu 23º aniversário. A jovem paquistanesa é conhecida por ter lutado pelo direito das mulheres de seu país estudarem e por ser a pessoa mais nova a ganhar um prêmio Nobel da Paz.

No dia 11 de maio de 2019, 200 pessoas ligadas à Escola de Educação Básica da UFU (ESEBA/UFU) foram ao Teatro Municipal assistir ao musical ‘Malala: A menina que queria ir para a escola’. Entre eles estavam pais, docentes, alunos do 4° ao 9° ano e alunos do PROEJA. A visita ao Teatro, idealizada pela professora Roberta Paula Gomes Silva, da área de história, e Walleska Bernardino Silva, da área de Língua Portuguesa, proporcionou que todos pudessem conhecer um pouco mais da história de Malala. 

“Nossos estudantes irem ao teatro Municipal para assistir à peça teatral contribuiu para a formação e ampliação artístico-cultural dos nossos estudantes, visto que vários alunos relataram que só tiveram a oportunidade de assistir teatro com a escola”, explicou a professora Roberta Silva, na época, uma das organizadoras. “O enredo da peça, que conta uma história verídica, fez com que os nossos estudantes se identificassem bastante, pela luta e coragem de Malala para assegurar o seu direito de estudar”.  A professora também deu destaque às aulas de História e de Língua Portuguesa, em que houve debates e reflexões sobre as diferenças culturais e sociais entre ser criança no Brasil e no Paquistão. 

A professora Walleska contou um pouco mais sobre essas discussões, um ano depois: “Os alunos tiveram que discursar sobre a importância da educação a partir do exemplo de Malala discursando à ONU. E os discursos foram belíssimos, os alunos se empoderaram da palavra e conseguiram performar de forma bastante produtiva, tanto em relação às ideias do texto quanto à postura. Eu convidei alguns desses alunos que foram destaque para discursar oralmente em outros setores, [...] e foi show, eles estiveram na universidade, no ensino superior, em congresso e aberturas de evento discursando. Foi uma forma de dar valor a esses alunos, de empoderá-los, assim como Malala inspira por meio do empoderamento feminino”.

Jane Eire contou que esta havia sido a primeira peça de teatro profissional que teve a oportunidade de assistir. “Foi uma experiência bem diferente, motivadora. Eu percebi a entrega, o envolvimento, o carisma, a sincronia, a união dos atores. Um trabalho de grupo, estético, cultural, de conhecimento. Isso tudo envolvido pelo lado humano do evento. Para mim, o teatro foi realmente muito proveitoso”. Mesmo agora, quando perguntada qual a memória mais marcante do dia, Jane ressaltou que o envolvimento e o engajamento dos atores lhe vem de imediato.

A aluna Isabella Freitas, que cursava o 8° ano na época, compartilhara sua opinião sobre o musical. “Eu achei legal porque não conhecia quase nada da história da Malala. Eu não achei que a apresentação fosse sobre um jornalista indo procurar a Malala, na verdade”, comentou. “Achei que fosse algo focado no país da Malala, alguém de dentro. Mas foi legal ver a visão do jornalista”. A aluna agora no 9º ano ressalta que, após a peça, voltou a ter contato com a história de Malala pela sua autobiografia, Eu sou Malala, lida em sala. Walleska continua atuando como docente da mesma turma do ano passado, assim sendo, não voltou a trabalhar a biografia. Roberta, no entanto, continuou a usar a história de Malala em suas aulas: “infelizmente, o musical não tem data prevista para retornar e, por isso, com os alunos do 2º ciclo trabalhamos com dois livros que contam a história da Malala – Malala: a menina que queria ir para a escola, da Adriana Carranca, e Malala: uma menina muito corajosa de Janete Winter”, conta a professora.

Por fim, Walleska citou a importância de os professores trazerem projetos que busquem dar voz aos alunos. “Eles se sentem instigados a ser como, a inspirar-se em, quando a gente apresenta casos reais de empoderamento, como foi o de Malala. Inclusive, nesse ano de 2020, uma aluna em sala de aula fez um texto brilhante sobre o fato de ela ter se inspirado em Malala. Isso é a maior retribuição dos professores, então é preciso que nós nos atentemos a essas necessidades de levar visões, histórias de vidas, projetos que busquem dar voz aos alunos, que os alunos sejam protagonistas.”. 

Malala formou-se mês passado, obtendo diploma de filosofia, política e economia pela Universidade de Oxford. Sua história, e de muitas(os) outras(os), segue inspirando as pessoas a seguirem seus sonhos e defenderem aquilo que querem. Feliz aniversário, Malala!

PsBattle: Malala getting caked on her graduation day from Oxford ...

Reprodução: Instagram.

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