Filme: O Jogo da Imitação

Diretor: Mortem Tyldum  

Roteiro: Graham Moore

Edição: William Goldenberg      

Atores: Keira Knightley
              Benedict Cumberbatch    
              Mark Strong
              Charles Dance              
              Matthew Goode
              Entre outros

O Jogo da Imitação – The Imitation Game – é um filme lançado em 2014, dirigido por Mortem Tyldum (também diretor de Buddy e Headhunters) e com roteiro de Graham Moore. O filme foi indicado a vários prêmios do Oscar, tais como melhor atriz coadjuvante (Keira Knightley), melhor desenho de produção (Maria Djurkovic e Tatiana Macdonald), melhor edição (William Goldenberg), melhor trilha sonora original (Alexandre Desplat), melhor roteiro adaptado (vencedor, Graham Moore), melhor direção (Mortem Tyldum), melhor ator (Benedict Cumberbatch) e melhor filme.

O filme se passa durante a Segunda Guerra Mundial, quando os aliados estavam distantes da vitória devido ao uso dos alemães de uma máquina de criptografia chamada Enigma. Escondidos em uma instalação secreta nos campos ingleses, enquanto bombardeios frequentes devastavam Londres, uma equipe liderada pelo gênio matemático Alan Turing trabalhava contra o relógio para decifrar o inquebrável código nazista.

Alan Turing (Benedict Cumberbatch) se dispõe a participar de um grupo secreto do governo inglês para decifrar a Enigma, mas não é bem recebido pelo fato que é convencido em relação a sua habilidade com números e muito metódico. Apesar de algumas indiferenças entre os integrantes desse grupo, como Hugh (Matthew Goode), Stewart (Mark Strong) e Alastair (Charles Dance), Alan é nomeado líder do grupo e coloca sua ideia em prática. Para realizá-la, é necessária a colaboração de todos e muito dinheiro, o que perturba, e chega ao ponto de prejudicar, os integrantes do grupo e seu comandante. 

Joan Clarke (Keira Knightley) é uma mulher muito inteligente que “passa” em um dos testes que Alan aplica para conseguir mais pessoas para ajudar em seu projeto para decifrar as criptografia de Hitler. Passado algum tempo, Alan a pede em casamento, mas apenas para ocultar que seu verdadeiro interesse amoroso não eram mulheres, mas homens. Infelizmente, naquela época, ser homossexual era considerado crime na Inglaterra, por isso Alan pediu Joan em casamento. Já os outros personagens da trama apenas contribuem para seu desenvolvimento, sem exercer nenhum ato considerado relevante.

É muito interessante pensar que as pessoas homofóbicas que ofendem gays e lésbicas virtualmente só estão ali na frente de um computador (smartphone, tablet) por causa de uma pessoa homossexual.

O filme pode ser considerado ótimo, retratando a história de um gênio considerado “anormal” que salvou milhares de pessoas e, mesmo assim, foi julgado pela sociedade sua vida inteira, apenas por ser homossexual. Investir mais na sexualidade de Alan, no pós-guerra e suas aflições (que envolveram castração química por injeções de estrogênio) foi uma escolha magnífica, proporcionando ao telespectador uma certa “proximidade” tanto com o personagem quanto a sociedade atual, onde homossexuais ainda sofrem preconceito.

“Estou criando uma máquina para desvendarmos todas as mensagens, todos os dias, instantaneamente.” – Alan Turing

POR JULIA ALVARENGA