Por Isabella Freitas
e Isabelle Alves
Embora o Dia Nacional da Língua Portuguesa
seja comemorado no Brasil em 5 de novembro, a língua é celebrada também em mais
duas datas durante o ano: 5 de maio e 10 de junho. Esta última, instituída em
Portugal, foi escolhida em homenagem a Luís Vaz de Camões, que morreu no dia 10
de junho de 1580. Considerado um dos maiores escritores de literatura lusófona,
Camões é um autor fundamental para compreender a língua portuguesa e o seu
ensino no Brasil.
Fonte PNG dos países (adaptação): https://www.nosdiario.gal/articulo/lingua/lingua-oportunidade-uma-jornada-pelo-nosso-idioma/20170707130709059334.html
A língua portuguesa é descendente do latim
vulgar que, por sua vez, era uma variante do latim, falada popularmente, assim
como o latim clássico, utilizada por poetas e filósofos. A evolução do latim
originou as línguas românicas, a saber, francês, espanhol, italiano, catalão,
galego, romeno, provençal e português.
Em uma entrevista temática sobre o Dia da
Língua Portuguesa para o E-Jornal ESEBA em Notícia, as professoras Franciele
Queiroz e Walleska Bernardino Silva comentaram sobre suas carreiras, relações
com a língua portuguesa e motivações para o trabalho com a língua.
Franciele Queiroz é docente na Escola de
Educação Básica da UFU desde 2019, mestre em Teoria Literária e doutora em
Estudos Literários pela Universidade Federal de Uberlândia.
Foto com os alunos do 5° ano “B” de 2019. Reprodução: Acervo
pessoal
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Walleska Bernardino é doutora em Estudos Linguísticos pela Universidade Federal de Uberlândia e tem 14 anos de profissão. A docente atua na ESEBA desde 2008, sendo, inicialmente, professora substituta e, posteriormente, efetiva.
Foto com os alunos do 8° “B” de 2019. Reprodução: Instagram
|
O interesse de Walleska pela Língua Portuguesa teve início na infância: gostava de
ler desde a época em que as enciclopédias eram vendidas de porta em porta;
escrevia cartas e diários, toda noite, antes de dormir, lia uma história da
Disney. Com o passar dos anos, percebeu a facilidade para escrita e o gosto por
interpretar. Já na fase adulta, a professora escolheu cursar Letras para ter
uma relação mais próxima com a língua.
“A minha relação com a Língua Portuguesa é
de pertencimento, identidade e aconchego”, afirma Franciele. A professora
conta, ainda, o que a motivou a escolher a profissão: “o ambiente escolar, o
barulho, o movimento e a vida que a escola ganha com a presença dos alunos.
Hoje, posso dizer que a relação com os alunos é o que alimenta o meu desejo de
continuar.”, termina.
Agora, uma curiosidade a respeito do escritor Machado de Assis compartilhada por Franciele: “Machado de Assis, um dos maiores nomes da literatura de língua portuguesa, foi o primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras (ABL), em 1897. Essa é uma informação que geralmente as pessoas não sabem, mas possui uma grande relevância para a língua, tendo em vista que a ABL é uma das principais associações que celebra e cultiva a língua portuguesa e a literatura brasileira, sendo Machado de Assis um dos escritores que mais ajuda a difundir a nossa língua no Brasil e no mundo.”
Agora, uma curiosidade a respeito do escritor Machado de Assis compartilhada por Franciele: “Machado de Assis, um dos maiores nomes da literatura de língua portuguesa, foi o primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras (ABL), em 1897. Essa é uma informação que geralmente as pessoas não sabem, mas possui uma grande relevância para a língua, tendo em vista que a ABL é uma das principais associações que celebra e cultiva a língua portuguesa e a literatura brasileira, sendo Machado de Assis um dos escritores que mais ajuda a difundir a nossa língua no Brasil e no mundo.”
Ao tratar do tema da literatura, Walleska
e Franciele comentam seus autores favoritos: “Um autor que me inspira,
sobretudo pelo trabalho com a linguagem, é Machado de Assis que, provoca, até
hoje, reflexões muito relevantes sobre a nossa língua”, diz Franciele.
Fonte: https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/historia-hoje/nova-edicao-de-livro-de-machado-de-assis-esgota-em-apenas-um-dia-nos-estados-unidos.phtml |
Já Walleska afirma: “um escritor que gosto
muito, e preciso mencionar, é Paulo Freire. Eu considero que o autor propõe uma
pedagogia que liberta, que dá autonomia aos alunos e aos sujeitos. Trata-se realmente
de uma pedagogia emancipatória e libertadora, então, gosto muito de Paulo
Freire”.
As professoras entrevistadas consideram a
leitura um hábito muito importante: “a leitura, além de propiciar ao leitor
outro(s) mundo(s) (o que já valeria!), é capaz de transformar a vida das
pessoas.”, diz Franciele. Em sala de aula, Walleska propicia atividades de
leitura e interpretação. Para ela, ler é aumentar a possibilidade de
criticidade e uma forma de não se tornar alienado.
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